Peugeot Oxia Concept

O Peugeot Oxia Concept, protótipo apresentado no Salão Automóvel de Paris de 1988, foi desenvolvido no centro de investigação La Garenne. O nome vem da região de Marte "Oxia Palus", onde a longitude e a latitude são 0, um possível ponto de partida para o cálculo do tempo em Marte.

Imediatamente após o desfile, o conceito instalou-se durante muitos anos no museu exclusivo da marca, na cidade de Sochaux. E no final de 2009, o único exemplar do Oxia construído foi vendido por 141.500 euros em mãos privadas na venda da propriedade Musee de l’Aventure.

Motor

O Peugeot Oxia utilizou um motor a gasolina V6 de 2,85 L e 24 válvulas desenvolvido em conjunto pela Peugeot, Renault e Volvo (PRV) sob a direção de Gerard Walter, que desenvolveu o motor do WM P88 Peugeot de Le Mans. Criado com base no bloco “internacional” PRV PSA ZN (também conhecido como Renault Z7W), com dimensões de cilindro de 91,0×73,0 mm, tinha taxa de compressão aumentada para 10,0, e dois turboalimentadores Garrett T3 adicionais com pressão de sobrealimentação de 1,22-1,27 bar foram equipados com um sistema que altera a seção transversal dos canais, permitindo aumentar a velocidade dos gases e regular a velocidade do impulsor, garantindo um funcionamento mais eficiente em uma faixa ampliada de velocidades. Além disso, o programa de controle computacional proporcionou a possibilidade de uma “pós-combustão” de curto prazo, de até 45 segundos, aumentando a pressão de sobrealimentação em mais 0,1 bar, o que possibilitou atingir um torque máximo de 726 N∙m (em modo normal, o torque máximo foi igual a apenas 690 N∙m) na faixa de 4.500 a 6.000 rpm. O motor também contava com sistema de controle Bosch Motronic, que utilizava duas unidades de controle do motor, uma para cada banco de cilindros.

Transmissão

O conceito foi equipado com transmissão manual de seis velocidades com embreagem hidráulica de disco duplo e dois diferenciais de deslizamento limitado controlados eletronicamente, um na frente e outro na traseira. A tração era permanente nas quatro rodas.

Chassis

O chassi do conceito era feito de alumínio extrudado "favo de mel" e a carroceria era feita de Kevlar e fibra de carbono. Todo o chassi montado pesava apenas 81,6 kg.

Em todas as rodas, foi implementado um circuito totalmente controlado com um sistema eletromecânico de giro nas quatro rodas controlado por computador de bordo (até 80 megabytes, o dobro do ano anterior à última “exposição” Proxima), que se ajustou automaticamente seu algoritmo de operação de forma que o ângulo e o sentido de rotação das rodas traseiras dependessem do valor atual da velocidade, do ângulo de direção e dos parâmetros de aderência dos pneus à superfície da estrada.

Exterior

Um capô pequeno, um para-brisa largo, sem saliências e espelhos retrovisores elétricos montados no alto contribuíram para uma melhor aerodinâmica e uma melhor visão da estrada. Tinha também um spoiler traseiro eletromecânico ajustável controlado pelo computador de bordo, que mudava seu ângulo dependendo da velocidade. Desviado em 12 graus, possibilitou alterar significativamente a carga aerodinâmica no eixo traseiro (por causa disso, Cx mudou apenas de 0,30 para 0,32, mas a força descendente dobrou). Por exemplo, numa posição elevada configurada para melhor aceleração, a 310 km/h a carga aerodinâmica no eixo traseiro atingiu 3.500 N, e o total – todos 5.000.

Interior

A cabine de dois lugares, com painel de alumínio anodizado azul aço e acabamento em couro cinza escuro com assentos elétricos, apresentava um telefone e um sistema multimídia agora familiar que usava o poder de um computador pessoal embutido com teclado e trackball em vez de um rato. Todas as informações foram exibidas em um display colorido e a escala do mapa no modo de navegação mudou automaticamente dependendo da velocidade do veículo. O banco de dados continha todas as informações sobre hotéis e pontos de férias ao longo da rota selecionada; também foram exibidos dados em tempo real sobre as condições meteorológicas e de trânsito. O sistema estéreo Clarion lia CDs e ambas as portas tinham controles individuais integrados para o motorista e o passageiro.

O Peugeot Oxia também contava com climatização totalmente automática e, quando estacionado com o motor desligado, o sistema mantinha a temperatura na cabine graças a 18 módulos solares fotovoltaicos localizados sob o para-brisa.

Fontes